Há uma relação conhecida entre perda auditiva e demência, sendo este assunto objeto de muitas pesquisas científicas.

Estudos sugerem que a perda auditiva pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demência em idosos. Uma hipótese é que a perda auditiva possa levar a uma sobrecarga cognitiva, já que o cérebro precisa trabalhar mais para processar a fala e outros sons, o que pode levar a um maior risco de declínio cognitivo. Além disso, a perda auditiva pode levar ao isolamento social e a uma redução da participação em atividades que estimulam o cérebro, o que também pode contribuir para o declínio cognitivo.

Algumas pesquisas sugerem que o uso de aparelhos auditivos pode ajudar a reduzir o risco de demência em pessoas com perda auditiva. É importante que as pessoas com perda auditiva procurem tratamento, não apenas para melhorar a qualidade de vida, mas também para reduzir potencialmente o risco de complicações relacionadas à saúde mental, incluindo a demência.

“Uma pesquisa americana encontrou uma ligação entre a perda auditiva e a maior prevalência de demência em idosos acima de 70 anos. De acordo com o estudo, a prevalência da demência é maior quanto maior for o grau de perda auditiva, chegando a 16,52% com perda de audição severa. A mesma taxa foi de 6,19% em pacientes com audição normal e de 8,93% para aqueles com perda leve. Comparando os pacientes com algum tipo de debilidade auditiva com aqueles sem sintomas, a prevalência chega a ser 61% maior.

Ainda segundo o estudo, a prevalência de global de perda auditiva nos portadores de demência é cerca de 8%. No Brasil, os últimos dados disponíveis sobre perda auditiva em idosos são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, que apontou 1,5 milhão de idosos com deficiência auditiva. Os números estão um pouco abaixo da prevalência apontada pela OMS, de 1,5% de pessoas com perda auditiva no país – o que daria cerca de 3 milhões de pessoas. Por outro lado, o uso de aparelho auditivo naqueles que já tinham sinais de deficiência auditiva reduziu em 32% o risco de demência em relação aos que não fizeram uso do aparelho.” (Referência): Estudo liga perda auditiva a risco alto de desenvolver demência em idosos – Saúde – Estado de Minas.

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